#56 CRIAR UMA LOVE BRAND NA ERA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

#56 CRIAR UMA LOVE BRAND NA ERA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Precisaremos, sempre, de inteligência emocional. De criar uma narrativa autêntica e de encontrar um equilíbrio entre a tecnologia e a humanidade. De estar presentes nos momentos chaves, com a mensagem certa e criar experiências memoráveis, que sejam compartilhadas, de ouvir a mesma música, como canta Rui Veloso “não se ama alguém que não houve a mesma canção”. Só assim é possível criar uma conexão emocional profunda com os consumidores e tornar-se uma verdadeira Love Brand.

Sempre me interessaram as pessoas. Como chegar a elas. Como comunicar com elas e para elas. Como despertar vontades, desejos, sensações. Como semear um compromisso, uma relação de confiança que perdure no tempo. Como mobilizá-las. Criar conceitos criativos, marcas, é uma oportunidade indescritível para o fazer. A possibilidade de observar, escutar, mergulhar na essência, na história de determinado produto ou serviço, compreender o seu propósito e dar-lhe voz é único.

No mundo atual, onde a tecnologia avança a passos largos, as marcas enfrentam um desafio cada vez maior: criar uma conexão emocional profunda com os consumidores. A inteligência artificial (IA) promete revolucionar a forma como as marcas interagem com os clientes, mas será que isso é suficiente para criar uma love brand? Marcas que inspiram amor, empatia, lealdade e paixão nos seus consumidores. Que se tornam parte da identidade e da vida das pessoas.

Criar uma love brand na era da inteligência artificial é um desafio complexo que requer mais do que apenas tecnologia. A IA perspectiva-se uma ferramenta poderosa para as marcas, permitindo-nos personalizar a experiência do cliente, prever comportamentos e otimizar processos. No entanto, acredito que a IA, por si só, não é suficiente para criar uma love brand. Para se alcançar o status de Love Brand, as marcas precisam de entender profundamente os seus consumidores, os seus contextos, os seus desejos, as suas necessidades, os seus valores. Precisaremos, sempre, de inteligência emocional. De criar uma narrativa autêntica e de encontrar um equilíbrio entre a tecnologia e a humanidade. De estar presentes nos momentos chaves, com a mensagem certa e criar experiências memoráveis, que sejam compartilhadas, de ouvir a mesma música, como canta Rui Veloso “não se ama alguém que não houve a mesma canção”. Só assim é possível criar uma conexão emocional profunda com os consumidores e tornar-se uma verdadeira Love Brand.

Sempre me interessaram as pessoas e, por consequências, as marcas que criam ligações emocionais, de verdade, para além da finalidade objetiva do produto ou serviço. Marcas que fazem a diferença, que são efectivamente uma escolha, conduzida de forma quase inconsciente, muito para além do preço.

Aquando da finalização do meu curso, como tema de tese, queria abordar o grande tema das Love Brands. Um conceito bastante na moda, na altura. O meu orientador aconselhou-me comunicação interna, numa grande companhia de seguros. Não havia muita biografia sobre o meu tema de eleição, as Love Brands, e estando já eu a iniciar o meu primeiro estágio, era uma tema mais “seguro” e rápido de concretizar. Fiz a tese com base no tema que me propôs, sem entusiasmo, mas, influenciou a minha escolha de vida – não me acomodar ao mais óbvio e fácil de concretizar – optar, com confiança e liberdade, por aquilo que me faz mais sentido, mesmo que, muitas vezes, irracionalmente. Acabou por me conduzir para a área que amo de paixão, a comunicação, o branding do agroalimentar.

Gisela Pires
Partner Agência Evaristo
gisela@agenciaevaristo.pt

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