#26 SIM, QUERO VENDER BATATA PORTUGUESA

#26 SIM, QUERO VENDER BATATA PORTUGUESA

Apesar deste mundo acelerado – também na alimentação – querer saber sobre o que se come é uma tendência em crescimento.

Cheguei à Evaristo no início de abril. Aprendi muito em pouco mais de um mês e ando entusiasmada com a ideia de saber o que comemos. E sim, estou apaixonada pela batata portuguesa.

De onde vem o que comemos? De que forma é produzido? Quando? E como chega à prateleira da mercearia ou do supermercado? Sabia que, no contexto atual de alta de preços, a caixa de um produto pode valer mais do que o próprio? É o caso das couves. E que frutas ou legumes de aspeto duvidoso podem ser transformados em snacks saudáveis e de qualidade, como faz a Gwiker, apenas através de um processo inovador de secagem e sem recurso a corantes, conservantes, aditivos, intensificadores de sabor ou quaisquer outros ingredientes artificiais?  A vantagem é que se alia um propósito ao que se produz e ao que se consome. No final, ganhamos todos: à mesa, na saúde e ainda marcamos pontos no planeta.   

Em 2020, mais de 40 produtores portugueses de batata associaram-se e criaram uma marca coletiva, que funciona na prática como um selo de identidade e um referencial de qualidade: Miss Tata, Batata Portuguesa com Certeza. Devemos valorizá-la e impulsionar o seu consumo, agora que começou a época de maior produção de batata no país, que decorre de maio até setembro. Aí está ela, a batata nova, fresca, saborosa e praticamente sem pegada ecológica.

Em Portugal, consumimos mais de 900 toneladas por ano, o que dá quase 90 kilos de batata por cada português. Ainda assim, só produzimos 40% a 50% da que consumimos, num mercado que vale cerca de 95 milhões de euros por ano. Sabia, por exemplo, que é o quarto alimento mais consumido no mundo?

Confrontados agora com cenários diversos – pandemia, seca e uma guerra inacreditável – produtores e consumidores somam problemas acrescidos que ameaçam dias felizes. Na batata teremos, por exemplo, margem para inverter a redução da área plantada, que já se verifica? E até aumentar a produção em todo o país? Conseguiremos vencer o mito que a batata engorda e que, na verdade, é um alimento muito rico do ponto de vista nutricional? Não só fonte de hidratos de carbono, mas também de proteínas, fibras, vitaminas e minerais.

Sim, estou cada vez mais interessada em conhecer melhor o que me chega à mesa, experimentar coisas novas e olhar com equilíbrio para os rótulos, origens, produtores. Apesar deste mundo acelerado – também na alimentação – querer saber o que se come é uma tendência em crescimento. Sabia?

Quero trazer este tema para dentro de casa. Quero que o meu filho de sete anos perceba a importância de a mãe “vender” batata portuguesa. E, porventura, tenha orgulho nisso e num país que tem, seguramente, a melhor batata do mundo. 

Rita Brandão Guerra
Comunicação e Assessoria de Imprensa
rita@agenciaevaristo.pt

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